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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Eduardo Lourenço


Eduardo Lourenço, solicitado pela revista Visão para comentar as figuras e os acontecimentos mais marcantes de 2008, seleccionados pela redacção da referida revista, referiu o seguinte acerca da contestação dos professores:


«O que eu penso é que os professores - o paradigma do cidadão útil e consciente de uma sociedade - são gente que não protesta sem ter razões muito fortes para o fazer. Uma crise nesta área tem sempre qualquer coisa de suicidário. Não são agentes puramente patológicos de uma sociedade. São sintomas de que há uma crise do tipo de educação que temos. É verdade que tem sempre que existir um mínimo de crise, porque, senão, significa que a educação não se está a pensar a si própria. Desde o Maio de 1968 que o lugar do ministro da Educação é o lugar mais terrível que existe. Mas, entretanto, houve uma alteração da imagem do professor, da sua figura, que também tem a ver com o trabalho que faz. Num destes dias, vi que 70% dos professores gostaria de abandonar o ensino, o que é uma tragédia. Não li nada mais triste do que isto. No meu tempo, ser professor era como ser actor de cinema, era qualquer coisa que justificava uma vida.»


Digno de registo!

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