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sábado, 14 de fevereiro de 2009

"Os Maias", de Eça de Queiroz, no Teatro da Trindade


Texto: António Torrado
Encenação: Rui Mendes
Cenografia e figurinos: Ana Paula Rocha
Desenho de luz: Carlos Gonçalves
Direcção musical: Afonso Malão
Interpretação: Afonso Malão, Augusto Portela, Igor Sampaio, João Didelet, José Airosa, José Fidalgo, Luis Alberto, Luis Mascarenhas, Mário Jacques, Pedro Górgia, Rogério Vieira e Sofia Duarte Silva
Produção: Fundação INATEL/Teatro da Trindade
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«Em 1867, o Teatro da Trindade abria pela primeira vez as suas portas, nascendo assim aquele que viria a ser, e permaneceu ao longo destes 140 anos, um dos mais importantes e belos Teatros de Lisboa. Alguns anos depois, em 1888, foi tornada pública a 1.ª edição de Os Maias, talvez o mais notável romance de toda a literatura portuguesa. Nele, o seu autor, Eça de Queiroz, imaginou uma significativa cena passada no Trindade. Foi esse o ponto de partida para a leitura que o dramaturgo António Torrado fez da obra, traduzindo assim em linguagem teatral o grandioso fresco da sociedade portuguesa do século XIX que, à data da sua publicação, constituiu um polémico escândalo, pela autenticidade da denúncia de uma colectividade apagada e pretensiosa, por vezes reles, por vezes ridícula.
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É um vasto friso de tipos caricaturais que nos surgem em forma de crónica de costumes, servindo de pano de fundo à trágica história amorosa de Carlos e Maria Eduarda, que, com a companhia da excentricidade de João da Ega, projecção do próprio autor, constituem o trio central do drama a que Eça deu o sub-título de "Episódios da vida romântica".
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O espectáculo que agora se apresenta no Teatro da Trindade, com encenação de Rui Mendes, permanecendo embora fiel às características originais do romance, não deixa de sublinhar a flagrante actualidade que se desprende da mesma. Será que, nos aspectos essenciais da sociedade portuguesa, mudou assim tanta coisa nos últimos cento e tal anos?
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Este espectáculo poderá contribuir para esclarecer esta dúvida.»
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