"O Inspector Geral", de Nicolau Gogol

Em cena no TeatroCinearte A Barraca
..
..
Uma minúscula autarquia de província vive o pesadelo da visita de um Inspector-Geral anunciada por carta a um presidente da câmara modelo de populismo, corrupção e ridículo.
..
Durante quase duzentos anos debateram-se opiniões sobre esta obra de Gogol. Estamos diante de uma sátira de costumes disse-se. De uma obra política? Outros defenderam “é uma obra de dimensão metafísica”, uma obra moral, um exercício de fantástico e de absurdo onde o sonho, o medo e o remorso dominam.
..
Felizmente vivemos um tempo que entrelaçou Brecht com Stanislasvki e Marx com Freud. Estamos livres para olhar para este impostor, estrangeiro, diabo, nada, com a liberdade de não querermos saber o que foi ele para Gogol, mas o que pode ser para nós hoje.
..
Para mim, se querem saber, estamos diante de tudo isso e de um escritor/artista a jogar às escondidas com o seu pânico. Mas sobretudo estamos num Baile de Máscaras onde ninguém é quem mostra ou, sequer, quem julga ser. No coração das trevas, lá mesmo onde o teatro acendeu uma luz. Uma obra que permite a actores e directores a realização de grandes trabalhos e ao público um arraial de gargalhada.
..
..
Veja também o blogue:
..



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Qual é a diferença entre “maçã” e “pêro”?

O Plural dos Nomes Compostos

Parabéns, Pedro Barroso, "O último trovador".