Exames para o pré-escolar

Andamos nós às vezes tão atormentados com o suposto nível de exigência que impomos aos nossos pupilos, fazendo-lhes ver, com insistência e clarividência, que têm de estar bem preparados para os exames nacionais ou regionais, que estes são importantes para a avaliação de conhecimentos adquiridos ao longo de ciclos de aprendizagem, que, apesar de tudo o que se vai dizendo sobre os mesmos (complicados, fáceis, dispensáveis, ...), estes continuam a estar previstos na legislação, ou andamos, noutros casos, em conversas enleadas sobre a precocidade dos exames no 1.º ciclo e a imaturidade dos alunos do 11.º ano, pois eis que alguém, muito mais descomplexado do que nós e supostamente exemplar em muitas matérias, passou a exigir que as crianças com menos de 5 anos passem num exame, antes de entrarem no ensino pré-escolar.

Segundo a notícia da Visão (V809), as crianças deverão «cumprir 13 objectivos: interagir com outras crianças, negociar, mudar de conversa, recitar o alfabeto ou escrever pequenas cartas são alguns exemplos do que os políticos ingleses esperam que façam. [...] O Governo acredita que esta é a melhor idade para elevar a fasquia, garantindo um futuro de qualidade na educação. A pressão começa cada vez mais cedo...»

Portanto, a fazer conta nesta notícia, os exames estão para ficar e, diríamos, quase que já vêm connosco.

Como é referido, «brincadeiras, sim, mas com qualidade».

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