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A mostrar mensagens de janeiro, 2009

"Os Lusíadas" já estão disponíveis para telemóvel

Os Lusíadas , de Luís de Camões, já estão disponíveis para descarregar para telemóvel no sítio da Biblioteca Digital do Instituto Camões. ... http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/biblioteca-digital-camoes/doc_details.html?aut=182

Carlos Pinheiro

Vale a pena consultar o portal byblos.malha.net, da responsabilidade do professor Carlos Pinheiro, que apresenta vários recursos electrónicos seleccionados a partir da Internet. http://byblos.malha.net/

Arquipélago das palavras

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«Acredito na imagem. As palavras estão prostituídas, estão usadas, estão gastas. As imagens, sobretudo as verdadeiras, estão mais puras. Só têm 150 anos.» Paulo Nozolino, fotógrafo

Biblioteca Digital Camões

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A Biblioteca Digital Camões, a funcionar desde o dia 6 de Janeiro, disponibiliza um manancial considerável de ensaios e clássicos da literatura.

Tributo a Rodrigues da Silva

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Foi com consternação que soube da morte do jornalista José Manuel Rodrigues da Silva. O cancro, por fim, venceu-o na madrugada de sábado, dia 10 de Janeiro, aos 69 anos. Rodrigues da Silva foi o editor do JL desde 1993 até há poucos meses atrás. Lembro-me de, quando comecei a assinar o JL , ficar extasiado a ler as suas crónicas sobre cinema. Recordo, ainda, as suas entrevistas, construídas numa linguagem muito própria, muito sua. Depois, deixei de o ler. Esperei, esperei, mas nada. Agora, obtive a resposta dolorosa. Actualmente, começo a ler o JL pela crónica do Manuel Halpern, "o homem do leme", que sempre teve em Rodrigues da Silva, "Zé Manel", um grande amigo. Já sinto falta da tua espontaneidade: «"Escreve, escreve, mas não me obrigues a ouvir essa merda"» (início da crónica "R. da S.", de Manuel Halpern, no JL 999). Leiam o texto "Sr. José, Sr. Silva", de Rodrigues da Silva, em http://bloguedeletras.blogspot.com/2008/05/sr-jos-sr

Raparaparaparaparaparaparim

Faleceu, no passado dia 18 de Janeiro, domingo, aos 39 anos, João Aguardela, músico dos Sitiados e d' A Naifa, devido a um cancro no estômago. Não se esquece! Não posso adiar o amor para outro século não posso ainda que o grito sufoque na garganta ainda que o ódio estale e crepite e arda sob as montanhas cinzentas e montanhas cinzentas ... Não posso adiar este braço que é uma arma de dois gumes amor e ódio ..... Não posso adiar ainda que a noite pese séculos sobre as costas e a aurora indecisa demore não posso adiar para outro século a minha vida nem o meu amor nem o meu grito de libertação ... Não posso adiar o coração. ... António Ramos Rosa

Partida de bolapé

Era dia de tomada de posse. No ecrã, arrastavam-se as imagens com Barack Obama, numa sucessão de pequenos intróitos antes do ansiado discurso. Sentei-me no sofá da sala de professores. No início, ainda tive a companhia de uma colega, mas, passados alguns minutos, dei por mim como único espectador a testemunhar aquele tão desejado momento histórico. A determinado momento, ri-me. Dois milhões, ou mais, a assistir à cerimónia e eu ali, alienado da multidão em delírio, a conversar para mim. Tinha a vantagem de estar comodamente instalado e de a temperatura, também, não me exigir aquelas engraçadas "tapa-orelhas" felpudas na cabeça. Estendi, assim, o olhar até ao livro que me acompanhava, afinal, naquela portentosa celebração. Deixei os ouvidos entretidos e fui passear pelas palavras de Pessoa. Tenho de confessar que também eles me abandonaram ou, se calhar, fui eu que os abandonei ao frio de Washington. Sem multidão que me tolhesse os movimentos livres, saltitava de página em pág

20 anos sobre a morte de Salvador Dalí

Completaram-se, na sexta-feira, dia 23 de Janeiro, 20 anos sobre a morte de Salvador Dalí, recordado para sempre pela qualidade dos seus quadros e pela sua excentricidade.

Fernando Pessoa, o “indisciplinador de almas”

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Numa recente sexta-feira, deambulando pela Fnac Madeira e aproveitando uma folga dada pelo meu “buzico”, que se entretinha com a mãe a ver o Winnie the Pooh na secção infantil, relampejou-me um expositor com um considerável número de livros, encimado por uma daquelas palavras que remetem para preços convidativos. Pensei que valeria a pena dar uma espreitadela ligeira, mais por curiosidade do que por convicção de lá encontrar alguma “relíquia” da literatura. Talvez por já conhecer a história da “camisa de rendas perfumada de Mary”, pensava que não pudesse ser surpreendido por nenhuma “coroa” valiosa. O certo é que, manuseando os vários volumes, fui paulatinamente mudando de opinião. Para minha surpresa, escancara-se-me uma obra que considero única, A Língua Portuguesa , da sóbria editora Assírio & Alvim, com a edição dos textos de Fernando Pessoa a cargo de Luísa Medeiros. Como um lobo esfaimado, atirei-me à única presa que ali se encontrava, desprotegida da salivação do olhar e das

Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro

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É também nas mãos precisas de um ceramista que a nossa cultura se molda de amarelo-mel. «Rafael Bordalo Pinheiro no seu atelier da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, modelando o busto de Eça de Queirós. Entre outras peças, pode-se ver ainda o busto de seu pai, Manuel Maria Bordalo Pinheiro, e várias figuras da "Paixão de Cristo". "Parodia: Comedia Portugueza", 3º Ano, nº 107, Lisboa, 10.2.1905.» http://www.instituto-camoes.pt/

Edgar Allan Poe, duzentos anos depois

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Edgar Allan Poe nasceu no dia 19 de Janeiro de 1809, em Boston, vindo a falecer na cidade de Baltimore, a 7 de Outubro de 1849. O escritor, que teve uma vida breve e agitada, é o autor de clássicos ligados à literatura fantástica e policial, como A Queda da Casa de Usher, O Mistério de Maria Roget, A Carta Roubada ou Os Crimes da Rua Morgue , tal como do poema O Corvo , que Fernando Pessoa, entusiasmado, acabaria por traduzir para português. Parece que o próprio Sir Arthur Conan Doyle se inspirou nos seus escritos para conceber Sherlock Holmes. Precursor da literatura de ficção científica e fantástica, Poe escreveu em profusão, desde artigos jornalísticos até aos estremes contos e poemas. Por último, resta referir que está em produção um filme sobre Poe, cujo argumentista e realizador é, exactamente, Sylvester Stallone. Como as coisas são!

Jorge Colombo "revisita" Álvaro de Campos

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«Ele vive há 20 anos em território americano. É português e ilustrador de origem. Como Álvaro de Campos, poderia fazer a apologia urbana, mas as suas fotografias parecem preferir a intimidade das pessoas e os grafismos omnipresentes das cidades. Ele, Jorge Colombo, vestiu a pele de Álvaro de Campos e o resultado, a exposição Lisboa Revisitada , pode ser visto a partir de hoje, 15, na Casa Fernando Pessoa. Ou será que deveríamos dizer Casa Álvaro de Campos? É que a instituição, dirigida por Inês Pedrosa, vai homenagear cada um dos heterónimos de Fernando Pessoa, durante 2009, começando o trimestre com o engenheiro naval Álvaro de Campos. Esse, o da Ode Triunfal , dos longos poemas que denunciam a vontade de «sentir tudo de todas as maneiras», do fascínio pela maquinaria e pelo progresso, o que se sente homem citadino acima de tudo. A Lisboa de Colombo é a que Álvaro poderia ver nos dias de hoje, dos mistérios da maquinaria à euforia das grandes obras e à solidão urbana.» Retirado da rev

Trocar ou destrocar dinheiro?

Há sempre alguma confusão no emprego do termo correcto para identificar esta operação. .. Num determinado dia, encontrava-me eu na reprografia da escola, um aluno, que entretanto chegou, pediu ao senhor responsável por este espaço para lhe «destrocar uma nota de cinco euros». Depois de o miúdo se ir embora, o funcionário olhou para mim em jeito de questionamento, pois achava que o pequeno tinha metido, como se diz, o "pé na argola". .. Logo ali debatemos o caso e vimos que, numa utilização correcta da língua portuguesa, "destrocar" estaria errado, uma vez que significa «desfazer uma troca». O verbo que tinha de ser utilizado seria "trocar", ou seja, «dar uma coisa e receber outra», «permutar», «tomar uma coisa por outra». .. Chegados a esta conclusão, o senhor L. questionava-me sobre o contexto de aplicação de "destrocar". .. Ora este termo, como é referido por F. V. Peixoto da Fonseca, «só está certo no sentido de "desfazer a troca de"

Português Exacto

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A Porto Editora criou um novo sítio dedicado à Língua Portuguesa, onde se poderão esclarecer algumas dúvidas de ortografia e morfologia. Destaca-se, ainda, o Conversor do Acordo Ortográfico, através do qual se pode adaptar um determinado texto às regras do Novo Acordo Ortográfico.

Eugénio de Andrade: 1923 - 2005

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( imagem ) Completaria hoje 86 anos. Nasceu a 19 de Janeiro de 1923 em Póvoa de Atalaia, Fundão, filho de camponeses. Faleceu a 13 de Junho de 2005. Deixou-nos um grande legado e aqui relembramos um dos seus poemas mais conhecidos. É urgente o amor. É urgente um barco no mar. É urgente destruir certas palavras, ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas. É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras. Cai o silêncio nos ombros e a luz impura, até doer. É urgente o amor, é urgente permanecer.

Leitura de imagens

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Arcimboldo , Giuseppe "O Verão" Visto de perto, este quadro parece ser um sonho de um vendedor de fruta. Ao afastarmo-nos, uma cabeça humana começa a tomar forma. Ele foi feito, na sua totalidade, com base nos frutos e vegetais do Verão. Embora conhecido por usar frequentemente frutos e legumes para criar os seus retratos, Arcimboldo costumava também usar potes, panelas e até ferramentas na criação das suas estranhas imagens. As suas obras mais importantes foram pintadas em Praga, onde esteve ao serviço de alguns dos Habsburgos. Arcimboldo estava incumbido de outros trabalhos para a corte – fazer as decorações para as festividades, adquirir peças de arte para a colecção do Imperador e desenhar e construir fontanários. As pinturas de Arcimboldo eram de alguma forma tidas como ridículas, embora fossem imitadas. Foi apenas quando os surrealistas viram nele um amante dos jogos visuais e, logo, um dos seus, que Arcimboldo se tornou famoso. Baldung , Hans "A Morte e a Donzela&

Casa Álvaro de Campos

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Em 2009, a Casa Fernando Pessoa transformar-se-á na Casa Álvaro de Campos (de Janeiro a Abril), na Casa Alberto Caeiro (de Maio a Agosto) e na Casa Ricardo Reis (de Setembro a Dezembro). Homenagearemos cada um destes heterónimos de Fernando Pessoa com uma série de exposições e eventos em torno das suas obras e personalidades. «Os heterónimos eram obviamente ficções, mas as nossas vidas, amores e afazeres também o são, em última análise e até sem análise, quando defrontam o grande nivelador que é a morte», escreveu Richard Zenith, em prefácio à «Poesia dos Outros Eus» de Fernando Pessoa (edição Assírio & Alvim). Propomo-nos dar corpo a estas ficções mais amplas do que qualquer existência. Assim, inauguraremos no dia 15 de Janeiro, às 18h30, «Lisboa Revisitada», uma exposição de fotografias de Jorge Colombo em torno do universo de Álvaro de Campos, nascida do desafio feito pela Casa Fernando Pessoa. Seguindo a «Ode Triunfal» como guião inicial, e deixando-se depois contaminar pelo es

Almanaque "Borda d' Água", 80 anos a fazer previsões

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O almanaque Borda d' Água foi lançado no ano da Grande Depressão, em 1929, por Manuel Rodrigues, o fundador da Editorial Minerva. Apesar da idade e do grafismo, memória de outros tempos, continua a deter a confiança dos portugueses, que não o dispensam no seu dia-a-dia. ... Veja o blogue http://bordadagua-almanaque.blogspot.com/

"Astérix", 50 anos depois, continua irredutível

Em 2009, comemoramos os 50 anos de Astérix e os irredutíveis gauleses. No ano de 1959, René Goscinny, argumentista, falecido em 1977, e Albert Uderzo, desenhador, agora com 81 anos, criaram esta magnífica banda desenhada. Em 1961, foi publicado o primeiro livro, Astérix, o Gaulês . Os 33 álbuns estão traduzidos em mais de cem línguas ou idiomas. Uderzo autorizou a sua editora a continuar as aventuras de Astérix depois da sua morte. Assim, só podemos temer que o céu nos caia em cima! Astérix em Mirandês

Parabéns Tintin

Há oitenta anos começavam as aventuras do destemido Tintin . A primeira história, Tintin au pays des Soviets, surge no dia 10 de Janeiro de 1929 num suplemento infantil do jornal belga Le Vingtième Siècle .

Salvem os ricos (contemporâneos)

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O género da palavra "aluvião"

Esta palavra andou, durante muito tempo, a pregar-me uma valente rasteira, pois pensava que a mesma era do género masculino. Contudo, observando vários artigos referentes “à” aluvião de 1803, na Madeira, reparei que a dita palavra pertence ao género feminino, como o comprovam, entretanto, os dicionários consultados. Portanto, “ a aluvião de 1803 ” e não “o aluvião de 1803”. Todavia, convém referir que o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea aceita os dois géneros: «Com efeito, é verdade que, em Portugal, a palavra, em época não identificada, começou a ser empregada também como nome masculino, o que culminou na legitimação dos dois géneros no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa.» (Carlos Rocha, in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa )

Pedro Proença

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Exposição " A passagem das Odes " Obras de Pedro Proença na casa onde nasceu Fernando Pessoa "A Passagem das Odes", uma exposição de 35 obras do pintor Pedro Proença organizada pela editora Assírio & Alvim, está presente a partir desta segunda-feira na casa onde Fernando Pessoa nasceu há 120 anos, no Largo de São Carlos, em Lisboa. Lusa A mostra, que pode ser vista na que é actualmente a sede da sociedade de advogados ABBC, é a primeira de um ciclo de exposições com que a Assírio & Alvim pretendem assinalar os 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa (1888-1935), seguindo-se obras de Ilda David e uma colectiva sobre o autor de "Mensagem". No mesmo espaço, vão estar igualmente disponíveis livros do poeta e de outros autores de poesia. “A passagem das Odes” pode ser visitada até 6 de Fevereiro de 2009. ... Retirado de http://sic.aeiou.pt Excertos da entrevista dada à revista Visão (n.º 826): «Uma das coisas que fiz em 2008, foi capas de livros, nom

"Pensar é uma palavra"

pensar é uma palavra pensar é uma palavra primogénita onde o ardor decanta das insígnias os íntimos sinais e o olhar é um silêncio enorme e rumoroso o delicado musgo da memória é a matéria-prima do teu rosto Carlos Nogueira Fino* ... * Professor Associado de nomeação definitiva da Universidade da Madeira.

O veludilho das palavras

PALAVRAS Dispo as palavras e não as sei vestir. Peso os seus ombros com rumores indizíveis. Aqueço as suas mãos com o bafo da minha alma. Envelheço seu rosto com as rugas das minhas cicatrizes. Aproximo seus pés do mar e chamo-lhes barco. Pinto a sua voz de silêncio e sento-as no regaço do sol. Atiro o seu corpo para fora do tempo e respiro-as nas ruínas trémulas das areias. Cubro seus cabelos com as árvores onde dormem os pássaros. Devoro-as com esta sede de dizer o infinito. Dispo as palavras e a sua sombra sou eu! Délia Caires ... Encontrei este poema no primeiro número da revista "Margem 2" e achei-o soberbo. Por isso, tomei a ousadia de o partilhar. Espero que a Délia Caires me não leve a mal, mas, como Ulisses, não poderia tapar os ouvidos com cera perante a voz das Sereias.